quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Doeu

Uma cena ao qual não estávamos mais acostumados: perder para o Avaí. Levar três do Avaí. E doeu.

O jogo de ontem na Ressacada tinha muito simbolismo envolvido: os dois representantes de Santa Catarina na série A. Os dois primeiros colocados no Campeonato Catarinense de 2017. Um verdadeiro teste para ambos os times. Teste no qual a Chapecoense foi reprovada.

A Chapecoense até começou o jogo bem, mas logo foi envolvida pela velocidade do Avaí, que abriu o placar ainda aos 15 minutos do primeiro tempo, com Rômulo, que não deu chances para o goleiro Elias. Falando nele, salvou a Chapecoense de levar mais um ainda no primeiro tempo, com duas defesaças "a la Danilo".


O segundo gol do Avaí pode botar na conta desse cara aí de cima, Zeballos. Com um minuto do segundo tempo, quando nossas expectativas estavam a mil pelo empate, Zeballos esqueceu como se marca e Denilson só empurrou pro gol e saiu para a dancinha.

"Ah, dois a zero ainda dá pra reverter, né?" Não deu. Ao contrário, deu tempo pro Avaí fazer mais um.


A falha da vez foi de Fabrício Bruno, que deixou Rômulo girar, chutar e dar números finais a partida. Uma vitória maiúscula e merecida do Avaí.

Algumas considerações:

  • Chapecoense melhorou após o terceiro gol. Não conseguiu marcar, mas foi visível uma significativa melhora. (Mas não dá pra esperar tomar três pra acordar, né?)
  • Martinuccio precisa urgentemente recuperar o ritmo e ser titular na Chapecoense; sua entrada melhorou muito o time. 
  • Nosso sistema defensivo falhou, e falhou feio. A Chapecoense sempre foi destaque neste aspecto, mas ontem ficou claras nossas deficiências neste setor. 
  • Do meio pra frente o time até que trabalhou bem. Precisamos de um meia para organizar as jogadas: Dodô não foi bem ontem e Neném, apesar de sua história com o clube e de ser uma peça importantíssima neste trabalho de reconstrução, não tem condições de ser titular de um time de série A. 
  • O jogo do Mancini é só bola aérea? Se for, Wellington Paulista poderia dar espaço a Túlio de Melo neste time, que apresenta características melhores para este tipo de jogo.


Sempre soubemos que o ano não seria fácil para a Chapecoense e que, especialmente no início do Campeonato Catarinense, sofreríamos e passaríamos por dificuldades, algo normal para um time que está há apenas um mês treinando junto. Admitimos a falta de entrosamento, admitimos a falta de ritmo de alguns jogadores, admitimos a dificuldade em buscar jogadores de bom nível técnico em tão pouco tempo. O que jamais vamos admitir é falta de vontade, displicência e indiferença para com o time. Tenho certeza de que nos reergueremos. Pudemos ver que a maioria dos jogadores tem qualidade, e prefiro acreditar que ontem foi só um dia ruim. 

Mas que dói, dói, 

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