Meus amigos, confiram o olhar das calcinetes sobre o feito histórico da Chape!
Patricia: Vamos começar pelo fim: 36
minutos do segundo tempo: Chape e San Lorenzo empatavam sem gols, a
classificação estava próxima e Danilo sofre uma falta. Thiego gesticula ao
banco de reservas troca e o coração dispara: Não é possível! Uma substituição
de goleiro nessa altura do jogo seria extremamente perigosa. Assim como o meu,
aposto que os milhares de corações que assistiam ao jogo quase pararam naquele
momento. Mas Danilo se levantou e a torcida enlouqueceu: era mesmo sua noite,
era a noite de fazer ainda mais história, era o dia de chegar à final de uma
competição internacional. Aos 42 minutos do segundo tempo, as lágrimas de
emoção explodiram e rolavam sob meu rosto sem parar, assim como aconteceu pouco
antes do Hino Nacional, ao ver o espetáculo nas arquibancadas, porém com maior
força: a ficha estava caindo! Um milagre de defesa nos últimos segundos do jogo
e o som que tanto demorou a soar: o apito de final de jogo. É imensurável o que
o senti ao ouvir o apito final, é inexplicável a emoção e felicidade em ver
mais um feito inédito e histórico do time que amo, que bato no peito, grito e
canto com emoção. É isso que a Chape é capaz de fazer. E isso se chama AMOR.
Aline: Valentia. Essa é a palavra que descreve
a nossa trajetória até agora na Copa Sulamericana. Valentia sim, porque bater
de frente com grandes clubes do futebol sul-americano não é tarefa pra qualquer
um: tem que ser muito valente pra encarar e vencer estas batalhas. E eu,
enquanto torcedora, também me vejo muito valente: valente por torcer para um
time que há pouco tempo estava sem divisão. Valente por torcer para o time da
minha terra e não deixar a mídia me influenciar. Valente por tudo de ruim que
já enfrentamos, mas por hoje bater no peito e dizer que ESTAMOS NA FINAL DA
SULAMERICANA. Como descrever o que passamos ontem? Impossível. Orgulho,
gratidão, valentia, superação, alegria, emoção, sorrisos, lágrimas, comemoração
e muito, MUITO AMOR PELA CHAPECOENSE.
Claudia: Sabe quando aquele dia não
passa, mas não é por ser um dia qualquer. É porque seu time do coração, aquele
que você ama esta jogando a semifinal de uma competição internacional. E cada
vez que lembro isso, recordo o jogo decisivo para permanecer na Copa do Brasil
contra o Atletico Paranaense, em que eu queria que o timer permanece-se, mas ao
mesmo tempo minha vontade maior era para que o time jogasse a sulamericana
novamente e foi isso que aconteceu. De lá pra cá cada jogo era como se fosse o
jogo final, o jogo decisivo, enfim chegamos a semifinal o coração a mil, viagem
para Argentina e jogo em casa, 21 dias entre a decisão definitiva, não sabia se
meu coração aguentaria tamanha emoção. Estas músicas já faziam parte dos meus
dias: Vamos, vamos minha Chape, que esta noite teremos que ganhar. Video Mil
gols, mil gols, mil gols, mil gols, mil gols, só Pelé, só Pelé, Maradona
cherador. Video Chegado o grande dia, dia do qual achei que seria um jogo
tranquilo pelo futebol apresentado pelo San Lorenzo em Boeda (ARG), sem
desmerecer este time semifinalista da sula, era bola na trave, zaga tirando
bolas perigosas, juiz deixando time se bater, o ataque fazendo seu trabalho, a
galera cantando, arquibancada tremendo, e, pra mim o momento mais decisivo do
jogo a defesa espetacular do Danilo com pé nos últimos minutos (momento este em
que elevava orações as forças divinas), um time que lutou por nós, que queria
esta conquista, que trabalhou duro para chegar aonde chegou, resumindo foi uma
noite espetacular, nenhuma palavra a mais vai descrever esse momento histórico,
o que sentimos, realmente é uma nova geração apaixonada pela Chapecoense. A
cada lágrima dos meus amigos eu via no rosto deles a felicidade e o alívio,
pois como sempre falamos, se não é sofrido não é Chapecoense. Obrigada a cada
pessoa que faz parte deste clube e assim como eu ama a Chapecoense! AQUI É CHAPE
Taijana: Para descrever todos os momentos
importantes de ontem, seria necessário dispensar horas e ocupar todo esse
espaço. Sintetizo dizendo que foi sensacional do início ao fim. Usei toda a
minha voz para liberar a adrenalina e empurrar o time pra decisão. Cantei,
pulei, sorri, abracei, e quando ouvi o apito final, algumas lágrimas brotaram
em meus olhos, porque só canto e pulo não eram o suficiente para externar a
alegria que dominava meu corpo. Abracei meu filho, que esteve comigo em todos
os momentos importantes deste clube nos últimos 10 anos (mesmo que na barriga
da mamãe em 2007), como se fosse um sonho, mas não era, somos finalistas da
Copa Sulamericana.
Gleyca: Eu ainda não consigo raciocinar direito, meu coração
não cabe dentro do peito tamanha alegria. Hoje mesmo disse ao meu pai: “Pai
quem diria aquele time que você me ensinou a amar lá na década de 90 (quando eu
ainda mal sabia o que era futebol, devia ter uns 4 anos, não sabia direito mas
já amava tanto! ) ...quem diria que aquele time hoje estaria prestes a
conquistar a América! Parece um sonho distante falando, porém está sendo um
sonho prestes a ser realizado. Cresci amando e torcendo muito por um time que
até pouco tempo não tinha “série” e hoje mostra para o MUNDO inteiro o que é
gestão em futebol, organização, humildade, o que é jogar futebol com o
coração... Esses 21 dias que antecederam esse jogo semi final, não foram
demorados quanto os próximos 7 que estão por vir! “Guenta coração!”
Obrigada Chapecoense, por ser esse clube grandioso e capaz de proporcionar tantas alegrias ao seu torcedor!